Avaliação Postural Estática X Avaliação Postural Dinâmica
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Avaliação Postural Estática X Avaliação Postural Dinâmica

Já que conhecemos as Cadeias Musculares gostaria de propor para vocês uma abordagem de avaliação diferente. Claro que a avaliação postural estática é importante, mas não vivemos na estática.

Aliás, sabemos que a estática não existe, visto que nosso equilíbrio é baseado em um desequilíbrio anterior. Levando isso em consideração, nada mais lógico que também avaliemos de forma simples e rápida esse corpo através das suas dinâmicas Cadeias Musculares que levam o nosso corpo para o movimento.

Para Madame Godelieve Denys Struyf criadora do Método GDS, que leva as iniciais de seu nome, para uma boa avaliação o mais importante é o profissional aprender a ver. Todo profissional sobretudo deve saber ver.


Problemas com a avaliação postural estática


A minha grande crítica com a avaliação postural estática que costumamos aprender na maioria das nossas formações é que essa avaliação estática não é fidedigna.

Nosso equilíbrio estático está baseado num desequilíbrio anterior, para reencontrarmos nosso equilíbrio dentro de nossa base de sustentação, após aproximadamente 20 segundos nosso corpo entra num movimento oscilatório para a reequilibrarão postural. Não parece muito lógico então, realizarmos nossa avaliação postural na estática já que essa estática não existe.

Segundo Léopold Busquet, as cadeias musculares são circuitos de forças organizadores que transitam a todo momento pelo nosso corpo. Uma vez que estejamos sujeitos a força gravitacional, esta força é contínua pelos trajetos das cadeias musculares.

Diante desta informação, temos subsídios suficientes diante dessa força que não cessa em nosso corpo para realizarmos uma boa avaliação postural dinâmica.


Dica para avaliação postural


Uma dica importante para a avaliação postural é estarmos atentos para todos os movimentos do indivíduo a ser avaliado desde nosso primeiro contato. Porque no instante em que começarmos oficialmente a nossa avaliação solicitando que o paciente fique em bipedestação para começarmos nossa análise, automaticamente o mesmo se tencionará.

A tensão acontece porque o aluno está em análise. Quem de nós ficaria relaxado, expostos, a uma análise criteriosa de nosso corpo? É normal então que este indivíduo automaticamente tente se corrigir, podendo assim comprometer de forma importante nossa avaliação postural.

Começamos nossa análise nos pequenos momentos em que o indivíduo relaxa, visto que não conseguiria manter essa correção por longo período.

Por que o indivíduo não consegue manter-se por muito tempo tentando se corrigir? Porque ele não pode ou porque ele não quer?

Obviamente a resposta é porque ele não consegue, seus músculos, suas dores, suas limitações não o permitirão.


A avaliação em si


A entrevista ou anamnese


Devemos primeiramente indagar ao indivíduo quais seus objetivos (ganho de força, melhora postural, emagrecimento) ou queixas (dores, desconforto, lesões).

Nesse instante ele já estará sob nossa atenta observação, como ele se senta, seu gestual, seu modo de falar, sua expressão quando exprime sua dor, caso haja. Tudo é importante e anotado.

Por exemplo, como sabemos que a cadeia muscular de flexão ou antero mediana tem sua origem no assoalho bucal. Portanto, se notarmos um prognatismo nesse indivíduo, já temos uma pista para fecharmos nossos objetivos, diagnósticos e condutas diante do caso, pois sabemos que nesta cadeia haverá tensão.

Caso possua aparelho nos dentes é outro fator de extrema importância, porque a partir desse dado saberemos que estamos lidando com um corpo, que já possui suas próprias tensões internas, externas e outra força que lhe está sendo imposta atuando em seus dentes e crânio.

Nada pode escapar aos nossos instintos nessa hora. Lembrando que as grandes descobertas, foram feitas em insights de conhecimentos através da observação atenta dos nossos grandes gênios antecessores.

Então agora que já sabemos que lidamos com um corpo viscerado começaremos nossa colheita de dados. Quero deixar bem claro aqui, que não estou propondo um protocolo de avaliação postural, mas sim uma sugestão de como ela poderá ser feita de uma maneira otimizada e clara.

Quanto às questões viscerais, faço um adendo: se perguntarmos ao indivíduo como anda sua saúde no geral, ele dirá que está tudo bem. Logo, insista e fragmente sua pergunta.

Vou explicar a seguir o porquê e como. Devo falar ainda que não somos médicos, e, portanto, não diagnosticamos doenças, nossa busca se dá por tensões víscerais, o fato de estarmos diante de uma questão visceral, não indica uma patologia em si.


Seguem algumas sugestões de como aplicá-las na prática


● Como anda sua deglutição?

● Engasga com frequência, sobretudo quando come um alimento solido e muito seco?

● Sente dores de cabeça frequentemente?

Caso a resposta para algumas dessas perguntas seja sim, indica-nos uma tensão na deglutição, portanto, músculos cervicais tensos.

● Já teve problemas pulmonares: Pneumonia, Bronquiolite, Asma ou Bronquite?

É possível que você ouça que não, insista!

● Nem quando criança?

Não podemos nunca nos esquecer que o corpo obedece a três leis: do conforto, da economia e do equilíbrio, portanto uma patologia, mesmo que antiga, pode ser o começo para o corpo começar a se reequilibrar diante de tal.

Se temos uma pneumonia, esse corpo esteve sujeito durante um determinado período, à uma forca centrifuga, já que os sinais flogisticos são: dor, calor, rubor e edema.

Sendo o órgão sempre prioridade, esse arcabouço costo vertebral, foi obrigado a ceder espaço para esse aumento de massa pulmonar.

Um quadro asmático seria o contrário, o corpo esteve ou está sob tensão centrípeta desde então.

Madame Thérèse Bertherat diz em um de seus livros que nossos músculos são como paredes de uma casa que tudo ouvem e tudo veem ficando nessas paredes, que são nossos músculos, a memória de todo o ocorrido durante nossa vida.

Os problemas viscerais pulmonares, podem gerar desequilíbrios importantes, gerando falta de mobilidade torácica e por consequência dor, além de retrações diafragmáticas importantes.

● Como iniciou a dor musculoesquelética, caso exista? Como é esta dor? Defina-a, queima, arde, tem irradiações?

Caso a resposta seja sim, já nos atentamos por estar diante de um dor de compressão nervosa.

● Em que hora do dia sente mais dor? Acorda com a dor mais forte?

Indicativo de uma dor de origem visceral, pois não faz sentido, passarmos 8 horas em repouso sem ação gravitacional, em nosso sistema musculo esquelético, e acordarmos com dor nesse sistema, caso a dor aumente durante o dia segue um esquema logico de dor mecânica.


Análise postural

Aluno ou paciente em bipedestação, segundo dedo do pé alinhado a linha média do joelho que estará por sua vez alinhado com as Espinhas Ilíacas Antero Superiores (EIAS).

Observaremos primeiro se a lesão primária (origem da dor) segue uma lógica ascendente ou descendente.


Lesões Ascendentes

● Originam-se sempre abaixo da dor relatada, ou seja, caso estejamos diante de uma lesão ascendente, em uma possível lombalgia o esquema de compensação postural que se esgotou causando a dor surgiu de uma estrutura inferior, como por exemplo, pés, joelhos, ou ainda, quadril.


Lesões Descendentes

● Ao contrário, originam-se sempre acima da dor relatada, na mesma lombalgia citada anteriormente, a lesão primária teve origem em uma estrutura superior, podemos citar aqui: a região torácica, cervical, ou importante, visceral.


Avaliando a lesão

Avaliarmos se a lesão é ascendente ou descendente é bem simples: Traçamos uma linha imaginária de um acrômio até o outro, e da mesma forma, traçamos também uma linha imaginária de uma crista ilíaca até a outra.

Caso as linhas se encontrem em algum ponto estaremos diante de uma lesão ascendente, já se estivermos diante de um caso em que as linhas imaginárias nunca se encontram estaremos diante de uma lesão descendente.

Importantíssimo para traçarmos nossa estratégia com esse indivíduo, para identificarmos, por onde começaremos mobilizá-lo, fortalecê-lo, ou ainda relaxá-lo.



Avaliação Estática

A partir daí observo a estática desse individuo, lembrando sempre que a estática tende a ser enganosa.

Poderemos estar diante de um pé supinado, que na verdade estará em supinação, para a reequilibração de uma possível cadeia de fechamento no ilíaco. Isso levaria para um pé pronado, porém diante do esquema compensatório inteligente de nosso corpo, assumirá a posição oposta, de forma excêntrica para a reequilibracão.

Sendo assim a proteção desse corpo para que não realize torções no joelho por exemplo. Por essa questão somente anoto as alterações estáticas observada afim de montarmos o quebra cabeça do esquema corporal que estamos diante, mas realizo os testes dinâmicos que citarei ao longo do texto para ratificar o observado diante da estática.


Analise do quadril


Alguns pontos serão de extrema importância, como por exemplo:

1 - Espinha Ilíaca Antero-Superior (EIAS)

Devemos observar nela qual está mais alta ou mais baixa a direita ou a esquerda.

2 - Crista Ilíaca

Observaremos nas cristas qual está mais alta ou mais baixa, direita ou esquerda.

3 - Espinha Ilíaca Postero Superior (EIPS)

Onde anotaremos qual delas está mais alta ou baixa comparativamente ao lado esquerdo ou direito, pois é através desses pontos que entenderemos o posicionamento da pelve e dos ilíacos.

Esses ilíacos poderão adotar quatro esquemas de alteração postural:

● A anterioridade que será gerada pela tensão do reto femoral tracionando o ilíaco anteriormente para baixo e do quadrado lombar gerando a tração posteriormente para cima.

● A posterioridade gerada pela tensão do Isquiotibial tracionando o ilíaco posteriormente para baixo e o reto abdominal tensionando o mesmo ilíaco anteriormente e para cima, fazendo-o girar como se fosse uma roda gigante.

● O fechamento corresponde a tensão do obliquo abdominal e adutores que trarão a asa ilíaca em sua parte superior para dentro.

● A abertura ocasionada pela tensão do glúteo médio e assoalho pélvico tracionando o ilíaco em sua asa superior para fora.

Lembrando aqui que quase todos os músculos citados acima correspondem aos músculos do Power House. Podem imaginar o que isso pode acarretar em nossa aula ou atendimento, seja no Pilates ou no Treinamento Funcional?

Quando os dois ilíacos estão em anterioridade segue-se a hiperlordose, lembrando que o sacro sempre acompanhará o ilíaco em seu movimento, nesse caso horizontalizando-o.

Caso ambos estejam em posterioridade estaremos diante de uma retificação ou apagamento da curvatura lombar, com o sacro em verticalização excessiva.


Diagnóstico diferencial para o quadril

Faremos o diagnóstico diferencial dos achados posturais através do Teste de Flexão em pé (TFP).

Indivíduo em pé, com os pés paralelos e alinhamento do segundo dedo do pé como a linha média do joelho e EIAS.

Estaremos posicionados atrás do avaliado, apoiaremos nossos polegares nas articulações EIPS, nosso polegar D sobre a EIPS D e nosso polegar E sobre a EIPS E.

Solicitaremos que nosso aluno ou paciente realize uma flexão de tronco, e com nossos polegares acompanharemos as Espinhas. O polegar que subir indica o ilíaco que se moveu, porque o sacro sempre acompanha o ilíaco que mexe para manter a continuidade pélvica.

Diante do esquema acima, caso o polegar que se mova para cima seja o direito, somente uma suposição, e tenhamos três pontos baixos, ou seja, EIAS D mais baixa, Crista ilíaca D mais baixa e EIPS D mais baixa, estaremos diante de um fechamento ilíaco a direita.

Caso o polegar que suba seja o esquerdo e estejamos diante de uma posterioridade a E encontraremos EIAS E mais alta, Crista ilíaca E mais alta e EIPS E mais baixa.

Caso encontrarmos três pontos altos estaremos diante de uma abertura, que gera um varo no membro inferior, podendo nos induzir a uma falsa perna longa. Caso encontremos três pontos baixos o esquema será de fechamento que gerará um valgo, com uma possível falsa perna curta.


Testes dinâmicos para o quadril

Confirmaremos se nossa analise está correta diante do teste de Downing.

Na anterioridade teremos uma cadeia de extensão em membro inferior apresentando um recurvatum. Já na posterioridade estaremos diante de uma tensão na cadeia de flexão, com um flexo de joelho.

Nesses dois esquemas de posicionamento ilíaco, no caso da anterioridade poderemos encontrar uma falsa perna longa, e ao contrario no caso de uma posterioridade poderemos estar diante de uma falsa perna curta.

Para nos certificarmos de que nossa analise está correta, deitamos o indivíduo, juntamos os dois maléolos internos da tíbia, e observaremos se o esquema acima é verdadeiro.

Logo se estivermos diante de uma posterioridade ilíaca a perna do lado da posterioridade estará mais curta, ou a perna contraria a posterioridade estará mais longa.

O mesmo esquema corporal será encontrado no caso da anterioridade, porém a falsa perna longa estará do lado da anterioridade e a falsa perna curta do lado contrário a anterioridade.

Já nos casos de fechamento e abertura, devemos nos certificar de nossa analise clinica através do Teste de Downing, que num esquema de abertura levará o membro inferior ao varo.

Logo levamos o membro inferior ao valgo, e a perna deve encurtar-se. Em seguida levamos a perna ao varo e o membro inferior não se alongará porque a cadeia de abertura não permitirá por seu estado de tensão.

Diante de um esquema do ilíaco em fechamento aplicamos também o Teste de Downing. O ilíaco em fechamento levará o membro inferior ao valgo, então levaremos o membro inferior ao varo e o membro inferior não aumentará sua projeção no espaço, pois a cadeia de fechamento com sua tensão não permitirá. Quando levamos ele ao valgo ele se encurtará.

Em seguida avaliamos a Cadeia de Flexão da Unidade Tronco levando-a para a extensão para observarmos o grau de liberdade da cadeia de Flexão, além da qualidade de seu movimento.

Ao contrário levamos o Tronco para flexão avaliando assim, a liberdade de cadeia muscular de Extensão, além da qualidade do movimento de extensão.

Avaliamos também as Cadeias Cruzadas que são as cadeias do Movimento, solicitando que o indivíduo leve os seus membros superiores a noventa graus de flexão.

Observamos qual mão encontra-se à frente, ela indicará uma tensão da Cadeia Cruzada anterior do lado oposto. Esta segue do quadril oposto da mão que está à frente seguindo até o ombro do mesmo lado.

Também pode indicar ou uma tensão da Cadeia cruzada posterior do mesmo lado, que sairá posteriormente e homolateralmente a mão que está à frente, seguindo do ombro oposto até o ilíaco do mesmo lado, gerando a rotação do tronco para o lado da Cadeia muscular cruzada anterior do tronco, movimento de rotação complementado pela cadeia muscular de abertura na unidade tronco.


Avaliação da Unidade Tronco


Com o aluno em pé com os pés alinhados conforme descrito anteriormente solicitamos que ele eleve em 90 graus de flexão. A partir daí juntamos suas duas mãos e observamos qual está mais à frente.

Caso a mão direita esteja à frente estaremos diante de uma cadeia muscular cruzada anterior esquerda ou uma cadeia muscular cruzada posterior direita. Também é possível estar diante de ambos os casos, onde observaremos uma rotação de tronco para a esquerda.

Caso a mão que se encontre à frente seja a esquerda estaremos diante de uma cadeia muscular cruzada anterior direita, ou uma cadeia muscular cruzada posterior esquerda, ou ainda diante das duas cadeias. Nesse caso observaremos uma rotação de tronco para a direita.


Teste de Flexão em pé (TFP)

Realizamos também o Teste de Flexão em pé (TFP) através de um teste tônico, portanto passivo, guiado pelo instrutor para a flexão de tronco, avaliando dessa maneira a cadeia muscular de extensão.

E para avaliarmos a cadeia muscular de flexão levamos o tronco do aluno para a extensão realizando dessa forma o Teste de Extensão em pé (TEP). Em ambos testes, observaremos a primeira barreira motriz de nosso aluno.

A primeira barreira motriz e muito sutil e significa aonde o corpo pede para parar, ou começa a se compensar para realizar o movimento, portanto o teste deve ser feito de forma muito lenta para que possamos notar essas compensações.

Caso encontremos uma translação de tronco estaremos diante de duas cadeias cruzadas: uma anterior e a outra posterior para o mesmo lado da translação.

Para finalizar realizamos um Teste de Flexão Lateral (TFL) levamos nosso aluno para a flexão lateral, A fim de avaliar as cadeias musculares de flexão e extensão do mesmo lado. Caso o TFL encontre-se facilitado para a esquerda estaremos diante de duas cadeias musculares sob tensão: a de extensão e flexão à esquerda.


Na avaliação da Unidade Pescoço, avaliamos com 4 movimentos realizados de forma dinâmica pelo individuo


● Solicitamos que o aluno olhe um suposto avião passando à sua direita: cadeia de flexão mais cadeia cruzada posterior direita em tensão, evitando que o movimento de rotação e extensão cervical aconteça pelo lado direito.

● Solicitamos para que ele olhe um suposto avião passando à sua esquerda: a possível limitação ou dor neste movimento indicará tensão na cadeia de flexão mais a tensão da cadeia cruzada posterior esquerda limitando o movimento de rotação e extensão do pescoço à esquerda.

● Pedimos que o indivíduo olhe para a posição do Jesus crucificado (imagine o pescoço de Jesus Cristo após a crucificação) à direita. Em possíveis tensões ou dores geradas nesse movimento trata-se das cadeias de extensão e cadeia cruzada anterior esquerda que limitará o movimento de rotação e flexão do pescoço à direita com sua tensão.

● Solicitamos que o indivíduo olhe para a posição de Jesus crucificado à esquerda, onde testaremos as cadeias de extensão e cruzada anterior direita que com suas possíveis tensões prejudicarão o movimento de rotação e flexão do pescoço a esquerda.


Zona primária da lesão


A zona primária da lesão é o ponto onde as compensações começaram a ser geradas. Elas surgiram para que o corpo obedeça as três leis que o regem:

● Lei do conforto;

● Lei do equilíbrio;

● Lei da economia.

Toda essa mecânica estrutural só terá eficácia e respeitará as três leis se a musculatura, seja ela estabilizadora ou produtora de movimento, funcionar de forma coesa, funcional e estruturada.

Caso contrário, nosso organismo é inteligente o suficiente para gerar mecanismos compensatórios importantes que a princípio só funcionarão para a produção do movimento. Isso acontece mesmo que ele produza uma carga excessiva sobre determinada estrutura. Também pode surgir algum enfraquecimento ou encurtamento de músculos.

A longo prazo esse mecanismo, aparentemente efetivo, gerará as mais diversificadas lesões. Algumas pesquisas (tem algum link?)Não perdi, pode tirar afirmam que aos 30 anos de idade grande parte da população apresenta zonas de hiperpressão óssea nas radiografias.

O que quer dizer que existem estruturas que começam a apresentar os primeiros sinais de desgaste mecânico. Caso o ajuste mecânico não seja realizado em tempo, serão estruturas que a médio prazo já apresentarão algum nível de desgaste articular.

Para evitarmos esse desgaste mecânico excessivo, devemos exercer o papel de investigadores para descobrirmos onde foi gerada a primeira zona de lesão. Esse é o primeiro ponto de nossa estrutura corporal que desobedeceu algumas das três leis citadas por algum motivo, seja ele muscular, visceral ou articular, a Osteopatia dá às alterações o nome de microlesões.


Identificando a zona primária da lesão


Para que encontremos a zona primária da lesão e muito simples, já aprendemos como identificar qual cadeia muscular cruzada anterior ou de fechamento encontra-se tensa, isto identificado.

Levaremos o indivíduo para o Teste de Flexão Lateral (TFL) e o lado que encontrar-se mais facilitado nos indicará que as Cadeias Musculares de Flexão e Extensão daquele mesmo lado encontram-se em maior tensão.

A partir daí traçamos duas linhas imaginárias corporais: uma no trajeto das Cadeias Musculares de Extensão e Flexão do lado tenso e outra na Cadeia Muscular Cruzada Anterior que se encontra tensa.

A partir de então conseguimos definir onde as linhas imaginárias se encontrarão: se a lesão imaginária está na unidade tronco superior, ou seja, caixa torácica, ou na unidade tronco inferior, lombar.


Conclusão

Já sabemos onde se encontra a dor, se a lesão começou abaixo da dor sendo uma lesão ascendente. Ao contrário, se começou acima da dor sendo uma lesão descendente.

Sabemos também onde a lesão se iniciou, quais cadeias musculares da unidade Tronco, Unidade Pescoço, Unidade Membros Inferiores e Unidade Quadril estão tensas, e o posicionamento do ilíaco como estará, ficando assim muito fácil, montar nosso quebra cabeça do esquema corporal que estamos diante, logo mãos à obra.

A avaliação postural é um fator essencial para descobrir onde estão as compensações do aluno. Mas também devemos saber quais musculaturas podem ser causadoras do seu problema. Por isso recomendo que continue sua leitura e dê uma olhadinha no meu texto sobre amnésia glútea. Lá você vai descobrir por que o glúteo talvez esteja por trás da dor lombar do seu aluno.


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