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Estabilização do Quadril no Pilates:

Os Exercícios Mais Indicados na Prática Clínica por Janaína Cintas

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A estabilização do quadril é um componente essencial no controle motor de pacientes com dor lombar, disfunções sacroilíacas e patologias de membros inferiores. No contexto do Pilates, essa estabilidade não se limita ao fortalecimento isolado de músculos estabilizadores profundos, mas à construção de sinergias funcionais entre cadeias musculares, integrando as demandas biomecânicas de tronco, pelve e membros.

O conceito de estabilidade no Pilates ultrapassa o foco no "core", abrangendo uma abordagem global da biomecânica segmentar. Joseph Pilates, com sua visão do Power House, já antecipava o valor da ativação consciente do centro corporal, incluindo o quadril como elo fundamental entre a estabilidade proximal e o movimento distal eficiente.

A seguir, destaco os cinco exercícios mais eficazes para promover a estabilização do quadril, baseando-se nos princípios da biomecânica, cadeias musculares e recrutamento neuromuscular adequado.


1. Shoulder Bridge com foco em dissociação lombopélvica Este exercício ativa a cadeia posterior, com ênfase no glúteo máximo e isquiotibiais, favorecendo a dissociação entre pelve e coluna lombar. A execução consciente e o controle do neutro lombar são fundamentais para evitar compensações e aumentar a estabilidade sacroilíaca.


2. Side Kick Series – Controle Lateral do Quadril O desafio da gravidade em decúbito lateral exige estabilização ativa dos músculos glúteo médio e pequeno, além da coativação do transverso do abdômen. A manutenção da pelve neutra durante o movimento dissociado da perna é um potente treino neuromuscular para estabilização lateral do quadril.


3. Leg Circles com pelve estável (Mat Pilates ou Cadillac) Apesar de parecer simples, esse exercício demanda alto controle de centro. Ele integra o trabalho de estabilizadores profundos, como o transverso do abdômen e multífidos, ao mesmo tempo que desafia a pelve a resistir às forças de alavanca geradas pelos movimentos da perna.


4. Footwork na Chair com resistência ajustada A execução do Footwork na Chair, com ênfase na descarga de peso controlada, permite o alinhamento entre cabeça femoral e acetábulo, ativando sinergicamente glúteo médio, quadríceps e rotadores laterais do quadril. Ideal para treino de força estabilizadora em cadeia fechada.


5. Standing Lunge no Reformer com controle excêntrico Este exercício associa mobilidade com controle excêntrico, promovendo a estabilização dinâmica da pelve em atividades funcionais. A perna de apoio trabalha ativamente em co-contração, e o posicionamento da pelve deve ser monitorado com atenção durante toda a execução.

A escolha desses exercícios deve considerar o nível de controle motor do paciente e sua fase de reabilitação. A progressão deve respeitar os princípios de alinhamento, respiração e ativação do centro, pilares essenciais do método Pilates.



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Referências bibliográficas:

  1. Cintas, J. (2019). O Power House.

  2. Cintas, J. (2017). A Ciência do Pilates. Ed. Sarvier.

  3. Hodges, P. & Richardson, C. (1996). Altered trunk muscle recruitment in people with low back pain with upper limb movement at different speeds. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation.

  4. Lederman, E. (2010). The myth of core stability. Journal of Bodywork and Movement Therapies, 14(1), 84–98.

  5. Souchard, P.E. (1989). O Diafragma. São Paulo: Summus.

  6. Busquet, L. (2001). As Cadeias Musculares – Tronco, Coluna Cervical e Membros Superiores. Belo Horizonte.


 
 
 

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